Através de uma nota lançada hoje, o movimento Cotas Já lamenta a invasão da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), ontem durante reunião do Conselho Universitário para decidir sobre a Lei das Cotas. O movimento reconhece equívocos na invasão de dezenas de estudantes à Reitoria que culminou com atos de vandalismo ao patrimônio da Universidade.
O movimento diz que defende a implementação da reserva de 50% das vagas da UFC, garantida pela Lei 12.711/12, para os estudantes egressos da rede pública de ensino, enquanto a Reitoria da UFC quer 12,5% a partir de 2013 e até 2016 implantar o patamar de 50%. "É preciso salientar que o presente assunto é de interesse público, não apenas da comunidade acadêmica da UFC. É diante desta clareza que desde meados de agosto, uma vez aprovada no Senado Federal e diante da expectativa de sanção da lei de cotas pela Presidência da República, o Movimento Cotas Já se constituiu, com o objetivo de fortalecer o debate sobre a democratização do acesso ao Ensino Superior no Brasil", destaca a nota.
O movimento historia a luta dos estudantes pelas cotas e diz que "era necessário garantir a participação efetiva da sociedade cearense de forma a contemplar o papel democrático da instituição". A nota relata a invasão: "Contudo o movimento se deparou com as portas fechadas e vários seguranças, sendo permitida apenas a entrada de uma pequena comissão. Nós que defendemos o livre acesso à universidade, também compreendemos que seus espaços de deliberação não devem ser restritos, pois a sociedade civil, mantenedora da instituição, não pode ser excluída de assuntos que incidem diretamente em suas vidas."
A nota destaca que a proposta da Reitoria não contemplou o Movimento Cotas Já, nem o Movimento Estudantil da UFC, "pois ambos haviam deliberado em suas instâncias que se fazia necessária a implementação imediata da reserva de 50% das vagas".
A nota reconhece equívocos na invasão: "Reconhecemos publicamente os equívocos ocorridos durante o ato, mas a intransigência apresentada foi o estopim para os excessos cometidos pelo movimento, que culminou com a abertura forçada das portas e a entrada dos manifestantes."
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