“Que profissional médico nós queremos?” Esta é apenas uma das perguntas que o IV Congresso de Medicina de Família e Comunidade pretende responder durante o XXVIII Outubro Médico, que será aberto nesta quarta-feira, às 19h30, no Seara Praia Hotel. A programação técnica começa quinta-feira de manhã, véspera do Dia do Médico, com uma palestra do presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior, que defende a formação generalista para os médicos brasileiros.
Segundo Lermen, “em países com sistemas de saúde bem estruturados, como, o Reino Unido, Holanda, Canadá e Espanha, a medicina de família e comunidade é a principal especialidade médica”. Ele explica que os sistemas com forte base na atenção primária são mais eficientes, geram menores custos e promovem melhores resultados para a saúde dos pacientes.
O Brasil adotou o sistema utilizado pelos Estados Unidos no início do século passado, já ultrapassado, com foco na atuação em hospitais e ênfase na superespecialização, cujos “efeitos colaterais” são: maior nível de intervencionismo, exposição frequente dos pacientes a exames desnecessários e prescrições em excesso, além do não estabelecimento de uma relação médico-paciente ao longo do tempo, porque que cada profissional cuida de um diferente órgão do corpo ou de uma certa faixa etária.
OUTUBRO MÉDICO – o Outubro Médico, que prossegue até sábado (19), também terá entre os palestrantes o cientista responsável pelo primeiro transplante parcial de face realizado no mundo, o francês Bernard Devauchelle. O especialista fará duas conferências no dia 18, durante a 4ª. Jornada Cearense de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial. As alergias e o uso de novas drogas no tratamento de câncer de tiroide também estão entre os temas relevantes do evento, que será encerrado com a comemoração do Dia do Médico e do Centenário da Associação Médica Cearense, ao som de Diogo Nogueira, no La Maison Buffet.
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