A 8ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Cultura, vai exibir 38 filmes por todo o território nacional, entre os dias 26 de novembro e 22 de dezembro de 2013. Os filmes dividem-se nas categorias:
Mostra Competitiva de longas, médias e curtas, em que as plateias elegem os melhores filmes através de uma votação, Mostra Homenagem – Vladimir Carvalho e Mostra Cinema Indígena.
São filmes em formato digital que circulam, alternadamente, pelas 27 capitais brasileiras e interior do País, alcançando mais de 600 pontos extras de exibição através de cineclubes, pontos de cultura, institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica, universidades, museus, bibliotecas, sindicatos, associações de bairros, telecentros, entre outros. Em cada cidade, a programação se estende por seis dias, totalmente aberta ao público.
Iniciada em dezembro de 2006, em alusão ao aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, a 8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), através do Departamento de Cinema e Vídeo, com apoio da OEI, UNIC-RIO, CTAv, EBC e patrocínio da Petrobras e BNDES.
Com material gráfico distribuído gratuitamente, a 8ª MCDH na América do Sul garante
também acessibilidade: toda a filmografia é exibida com closed caption (o sistema
permite que legendas informem não apenas o que é dito, mas também todos os sons
que fazem parte da cena) para pessoas com deficiência auditiva e haverá sessões com
audiodescrição para pessoas com deficiência visual, onde o narrador descreve com o
máximo de detalhes o que pode ser visto na cena e o que é indicado fora dela.
“Nossa proposta é utilizar a linguagem cinematográfica para estabelecer um diálogo
direto com a população. A Mostra tem o importante papel de disseminar e fortalecer
a educação e a cultura em Direitos Humanos, especialmente de forma a alcançar os
setores historicamente excluídos ou com menos acesso a bens culturais, tratando
do enfrentamento a todas as formas de violações de direitos”, assinala a ministra de
Estado-Chefe de Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do
Rosário Nunes.
Para o Reitor da Universidade Federal Fluminense, Roberto Salles, o diálogo com a
Secretaria dos Direitos Humanos na esteira da Mostra coloca a Universidade no lugar
que ele acredita ser de sua natureza: “um lugar de compromisso com o direito e com
a potência da diferença e dos ideais democráticos que visam, antes de tudo, permitir
que todos possam participar ativamente dos destinos do mundo”.
Coordenador da oitava edição da Mostra e Chefe do Departamento de Cinema e
Vídeo da UFF, o professor Cezar Migliorin reitera: “uma Mostra de Cinema e Direitos
Humanos traz a possibilidade de estarmos recolocando constantemente a necessidade
de pensarmos e praticarmos o que são os direitos universais das mulheres e homens
do planeta. O cinema traz as perguntas e práticas dos direitos humanos para o
cotidiano, para as narrativas e histórias de vida que frequentemente seguem à
margem das grandes mídias ou das narrativas dominantes. É forte em denunciar as
cenas em que os direitos são perversamente divididos em constantes processos de
exclusão, mas é ele também que tem a possibilidade de antecipar as cenas do direito
de todos, inventando formas de vida que ainda nem sabemos possíveis”.
- Mostra Competitiva de longas, médias e curtas
Com mais de 150 inscrições, a curadoria da Mostra Competitiva, formada pelo cineasta
Francisco Cesar Filho e estudantes da UFF, escolheu 24 filmes de diferentes países
da América do Sul, sendo 13 longas, 07 médias e 04 curtas. Os filmes selecionados
abordam livre e criativamente diversos temas relacionados aos Direitos Humanos,
como inclusão das pessoas com deficiência, diversidade sexual, direito à memória
e à verdade, população de rua, preconceito racial, direito ao trabalho digno, entre
outros, sempre primando pela qualidade cinematográfica. Com um foco em comum:
o fortalecimento da educação e a da cultura em Direitos Humanos, o respeito às
diversidades, o exercício da cidadania, o compartilhamento da responsabilidade
social e o agenciamento coletivo de forças afirmativas da dignidade humana. Unindo
originalidade estética e apuro técnico, a Mostra conduz assim o debate crítico, político
e transversal que o tema enseja.
- Mostra Homenagem – Vladimir Carvalho
Nascido em Itabaiana, na Paraíba, e radicado em Brasília, Vladimir Carvalho fez do
cinema uma forma de pensar e intervir no mundo. Nos últimos 50 anos, dirigiu filmes
sempre implicados com os destinos do país e de seu povo. Como poucos, Vladimir fez
do documentário um ato político e frequentemente poético. Nesta homenagem, cinco
de seus mais de 20 filmes serão apresentados: Conterrâneos Velhos de Guerra (1991);
Brasília Segundo Feldman (1979); O País de São Saruê (1971); Barra 68 - Sem Perder a
Ternura (2001); O Evangelho Segundo Teotônio (1984).
- Mostra Cinema Indígena
Nos últimos anos, a produção imagética realizada por cineastas indígenas cresceu
no país, marcada por abordagens estéticas e políticas. O cinema desses realizadores
contribui para o fortalecimento das lutas pelos Direitos Humanos dos indígenas.
Os quatro filmes escolhidos pela curadoria para a 8ª MCDH na América do Sul são
exemplares contundentes da renovação de sua luta política a partir da apropriação da
tecnologia por diversas etnias que constituem os povos indígenas no Brasil.
Além dos filmes constituintes de cada categoria, serão exibidos títulos convidados,
compondo o Programa Especial, como é o caso do documentário produzido pela SDH
- Paredes invisíveis: Hanseníase Região Norte - e dos filmes produzidos pela ONU:
Os Descendentes do Jaguar, Transformer: AK, Colombia: Wayuu “Gold” e Argentina:
Dreaming of a Clean River.
Com patrocínio da OEI, a Mostra também deixa como legado processual o projeto
Inventar com a Diferença, que tem como proposta a capacitação e acompanhamento
de educadores de escolas públicas em todas as capitais do país para desenvolvimento
de trabalhos audiovisuais em torno da temática dos direitos humanos. A ação
paralela, que continua a se desenrolar mesmo após à Mostra, traz em si uma pergunta
norteadora: como é possível produzir uma imagem que está à altura estética da
experiência de vida das pessoas? Assim, a partir da potência do cinema, propõe
exercícios que deslocam o olhar das crianças em direção ao outro, no esforço de
inscrever sons e imagens que exprimam formas singulares de estar no mundo. O
trabalho realizado nas escolas culminará com a apresentação dos vídeos na 9ª edição
da Mostra, revelando um ciclo de continuidade entre as salas de cinema e de aula, a
experiência pedagógica, a fruição da arte e a construção identitária.
PROGRAMAÇÃO
Fortaleza (CE) de 9 a 14 de dezembro
Cine Benjamin Abrahão da Casa Amarela - Eusélio Oliveira – UFC
Avenida da Universidade, 2591- Benfica
(85) 3366-7772
9 de Dezembro
18h ABERTURA
A onda traz, o vento leva (28’) - Uma história de amor e fúria (75’)
10 de Dezembro
14h - Codinome Beija-Flor (16’) - Repare bem (95’)
16h - O prisioneiro (24’) - Ilegal.co (70’)
18h - Kene Yuxi, as voltas do Kene (48’)
20h - Conterrâneos velhos de guerra (153’)
11 de Dezembro
14h - Caixa d´água: Qui-lombo é esse? (25’) - Doméstica (75’)
16h - Brasília segundo Feldman (22’) - O país de São Saruê (80’)
18h - Os dias com ele (107’)
20h - Transformer AK-47s into gruitars (5’) - Colombia: Wayuu “Gold” (9’) - Argentina:
Dreaming of a clean river (6’) - Los descendientes del jaguar (29’) - Paredes invisíveis:
Hanseníase região Norte (37’)
12 de Dezembro
14h - As hipermulheres (80’)
16h - Caíto (70’)
18h - O evangelho segundo Teotônio (85’)
20h - Acalanto (23’) - As Iracemas (84’)
13 de Dezembro
14h - Barra 68 – Sem perder a ternura (82’)
16h - Maio, nosso maio (12’) - Insurgentes (83’)
18h - Carga viva (18’) - A cidade é uma só (73’)
20h - Bicicletas de Nhanderu (48’) - PI’ÕNHITSI – Mulheres xavantes sem nome (54’)
14 de Dezembro
14h - Malunguinho (15’) - Paralelo 10 (87’)
16h - Silêncio (12’) - Sibila (95’)
18h - Leve-me pra sair (19’) - Kátia (74’)
20h - Quando a casa é a rua (35’) -Em busca de um lugar comum (80’)
SERVIÇO:
8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul
Local: 26 capitais, Distrito Federal e mais de 600 espaços fora dos grandes centros.
Data: de 26 de novembro a 22 de dezembro de 2013
Entrada Franca
Classificação: Consultar programação no local.
Acesso para pessoas com deficiência
Programação completa: www.sdh.gov.br/mostracinemaedireitoshumanos
Fotos e vídeos - http://imprensa.divulgaacao.com - Login: fotosimprensa + Senha: cine2013
Apoiadores locais em Fortaleza:
Governo do Estado do Ceara - Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos
Direitos Humanos
Prefeitura de Fortaleza - Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos
Prefeitura de Fortaleza - Vila das Artes
Universidade Federal do Ceará - Casa Amarela Eusélio Oliveira
Informações para imprensa
Guilherme Fernandes - (85) 3458.1235 - 9911.5825 - cultura@divulgaacao.com
Patrício Lima – (85) 3458.1235 – 9699.9189 – cultura@divulgaacao.com
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