Liderados por Hélio Cury (Paraná) e Francisco Noveletto (Rio Grande do Sul), presidentes de federações têm uma proposta para Marco Polo Del Nero, novo presidente da CBF: destinar 20% do orçamento da entidade à formação de atletas.
O projeto prevê que as nove maiores federações receberiam R$ 6 milhões, cada, por ano. Entre a 10.ª federação e a 18.ª ficariam com R$ 4 milhões. As nove menores federações ganhariam R$ 2 milhões cada. O montante somaria R$ 108 milhões, o equivalente a aproximadamente 20% das receitas anuais da CBF.
"Cada federação se comprometeria a usar esse dinheiro para melhorar a estrutura dos clubes pequenos dos seus Estados, que são os principais reveladores de jogadores", diz Cury.
O presidente da federação paranaense também propõe a possibilidade de o repasse ser escalonado pelos próximos três anos. Em 2015, a distribuição seria de 50% do valor e no ano seguinte passaria para 75% e depois 100%.
Levantamento feito pela consultoria BDO mostrou que a receita das federações estaduais cresceu 25% em 2013, se comparada ao ano anterior, atingindo R$ 132 milhões no consolidado. Se a proposta de Cury e Noveletto for aceita por Del Nero, que assumirá o cargo em abril, seis federações teriam os seus orçamentos mais do que dobrados. São os casos de Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rondônia, Tocantins, Ceará e Piauí, que não chegaram a R$ 2 milhões de receita no ano passado.
"O dinheiro de bilheteria das novas arenas, inauguradas para a Copa das Confederações, contribuiu de maneira significativa para o aumento das receitas das federações", explica Pedro Daniel, responsável pelo estudo.
Apenas três federações promovem competições nacionais de base: Copa São Paulo (Paulista), Brasileiro Sub-20 (Gaúcha) e Taça BH (Mineira).
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