A empresa de soluções e pesquisas imobiliárias, Geoimovel, apresentou hoje, aos diretores da Coopercon-CE, dados referentes ao mercado imobiliário na Região Metropolitana de Fortaleza, baseados em um levantamento feito entre janeiro de 2006 e agosto de 2014. Neste período, foram lançados 615 empreendimentos, entre residenciais verticais, horizontais, comerciais e loteamentos, em Fortaleza, Aquiraz, Caucaia, Eusébio, Itaitinga e Maracanaú.
O Valor Geral de Vendas (VGV) médio lançado nestes nove anos é de R$ 2,6 bilhões por ano, e o VGV vendido é de R$ 2,3 bi/ano. O estoque acumulado, portanto, é de 16%, demonstrando alta liquidez. O ano de 2013 foi o de maior volume lançado em VGV, com R$ 4,3 bilhões em VGV, o que elevou a RMF à terceira posição no ranking do mercado imobiliário nacional, atrás apenas das capitais São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
A gerente de Inteligência de Mercado do Geoimovel, Aline Borbalan, destacou que até 2010, registrou-se uma média de seis mil unidades lançadas por ano. A partir desse ano, entretanto, o patamar avançou para cerca de 11 mil unidades por ano. “Os resultados mostram que o mercado imobiliário na região metropolitana é bastante aquecido, não só pelo número de lançamentos, mas principalmente pela absorção: o estoque é de apenas 9.234 unidades, necessitando de apenas um ano para liquidez”, avalia.
Quanto ao perfil das unidades lançadas, a pesquisa mostra que 72% do total são verticais, 13% são lotes, 8% são horizontais e 7% comerciais. Outro dado divulgado demonstra a alta performance de um grupo formado pelas 20 maiores incorporadoras do mercado local, que detém 58% do total de VGV lançado na RMF, cuja absorção média é de 86% do total lançado. “O estoque deste grupo de 20 empresas é de apenas 14%, enquanto o estoque médio da região é de 16%”, analisa Borbalan.
A gerente afirma ainda que as expectativas negativas para o mercado imobiliário em 2014 não devem se confirmar na RMF. “Acreditamos que o ano deverá fechar muito próximo de 2013, com cerca de R$ 4 bilhões em VGV, cerca de 5% a menos que no ano passado. Este dado é muito bom, se comparado com a média nacional, que deve ser de 20%”. Aline Borbalan afirma, ainda, que o mercado passa por um ajuste, segundo ela necessário, para que em breve volte a apresentar um novo crescimento.
“A nossa única preocupação para o futuro é o controle da inflação”, afirma Marcos Novaes
O presidente da Coopercon-CE, Marcos Novaes, afirmou que os números apresentados pelo Geoimovel confirmam as avaliações de mercado feitas constantemente pela cooperativa. “Os números comprovam que Fortaleza está blindada, porque o mercado local procura equilibrar a oferta e a procura. Além disso, temos uma diferenciação do mercado nacional que é a qualidade dos produtos imobiliários, que são muito avançados esteticamente e muito beneficiados com área de lazer desde 2006, o que somente agora é uma tendência nacional”, avalia.
Outro dado avaliado positivamente pelo presidente é o pequeno estoque de unidades imobiliárias na RMF, de apenas um ano, enquanto que outras capitais têm estoque acumulado de dois (Natal-RN e Rio de Janeiro-RJ) ou até três anos (Salvador-BA).
A única preocupação dos empresários da construção civil, de acordo com Marcos Novaes, é a inflação: “Se não tivermos a inflação pelo menos no centro da meta, que é de 4,5%, corremos o risco de perder um dos grandes patrimônios da classe média, que é o poder de compra ao longo do tempo, o chamado endividamento sadio. É disso que vive o mercado imobiliário e o cliente precisa ter essa capacidade de pagar um produto em 30 ou 35 anos”, aponta.
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