A Fecomércio-Ce e o Conselho Regional de Economia (Corecon-Ce), em parceria, divulgam a sétima edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE). A pesquisa, de periodicidade bimestral, colheu no período maio-junho as expectativas de mais de 80 especialistas em economia. Na primeira edição participaram 70 especialistas, o que revela uma maior adesão dos analistas consultados. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.
A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. Das nove variáveis investigadas, os analistas revelaram otimismo em apenas quatro: cenário internacional (136,5 pontos), taxa de câmbio (119,0 pontos), gastos públicos (110,3 pontos) e oferta de crédito (109,5 pontos).
Alinhada com outras pesquisas de expectativas, como a Focus, por exemplo, o IEE revela pessimismo no que respeita à evolução da atividade econômica interna que atingiu 69,8 pontos. Além da evolução do PIB, os analistas revelaram pessimismo com quatro variáveis: taxa de juros (68,3 pontos), taxa de inflação (47,6 pontos), nível de emprego (42,1 pontos) e salários reais (36,5 pontos), que atingiu a menor pontuação.
Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice geral evoluiu da sexta para a sétima pesquisa de 81,5 pontos para 82,2 pontos, uma variação de apenas 0,8%, revelando estabilidade na percepção geral dos especialistas do Ceará.
A pesquisa mostra ainda que o otimismo dos analistas sobre o comportamento futuro das variáveis aumentou de 104,8 pontos para 106,3 pontos entre a sexta e a sétima pesquisa, o que corresponde a uma variação positiva de 1,5%. Ademais, vale destacar que a percepção sobre o desempenho presente das variáveis, embora pessimista, melhorou, saltando de 58,3 pontos para 63,8 pontos, ou seja, uma elevação de 9,5%.
Vale salientar que as expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.
A pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) revela, na sua sétima edição, que o ceticismo dos analistas consultados encontra-se elevado e estável, em conformidade com a contínua deterioração dos indicadores econômicos.
De periodicidade bimestral, a pesquisa colheu no período de maio-junho a expectativa de 90 especialistas em economia. Na primeira edição participaram 70 especialistas, o que revela uma maior adesão dos analistas consultados.
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