"Caros confrades da Academia Cearense de Engenharia (ACE)
Este é que deveria ter sido o planejamento ideal para o Vale do Rio Jaguaribe, bem de acordo com a política de açudagem preconizada pelo DNOCS para aquela importante região do Estado do Ceará. Infelizmente na década de 80, o Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) quis disputar uma fatia das atividades do DNOCS na Região Nordestina e concebeu e projetou, sem quase nenhuma vivência com as características do semiárido, a construção da Barragem do Castanhão no terço inferior do Vale do Rio Jaguaribe, a apenas 160 quilômetros do mar, na cota 50m. Toda a comunidade técnica científica do Estado do Ceará à época se posicionou contrária a esse empreendimento. Posteriormente, alguns colegas engenheiros que antes eram terminantemente contra, passaram a ser os mais fervorosos defensores daquela obra , que contou com o total, completo e absoluto apoio da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará. Só assim, com o aval daquela Secretaria, e depois de uma longa discussão que durou 14 anos, a poderosa Construtora Andrade Gutierrez pôde, finalmente, iniciar a construção daquele empreendimento no ano de 1995 e concluí-la no ano de 2002. Vale ainda ressaltar que o planejamento do DNOCS preconizava a construção de 12 açudes de portes médios distribuídos espacialmente em todo o Vale do Rio Jaguaribe, sendo um deles a Barragem do Castanhão com 1,2 bilhão de metros cúbicos de acumulação d`água, em vez de 6,7 bilhões. Atenciosamente, Cássio Borges.
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