Fenapef mobiliza e dirigentes de todos os sindicatos de policiais federais estarão em Brasília, nesta segunda (2), para fechar acordo salarial com o governo. Frustração nas negociações pode levar a mobilização e manifestações nos Jogos Olímpicos.
Às vésperas de o Senado decidir o futuro de Dilma Roussef, os policiais federais querem assinar ainda, nesta semana, um acordo salarial e de carreira da categoria, única ainda a não ter fechado uma proposta com o governo.
Para isso, os policiais federais vão exercer forte pressão nesta fase final das negociações. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais - Fenapef, Luís Antônio Boudens, convocou os presidentes de todos os 27 sindicatos filiados e seus Diretores, que representam mais de 15 mil policiais no país, para estar em peso nesta segunda-feira, em Brasília, num esforço em conjunto para tirar do Ministério da Justiça e do Ministério do Planejamento um termo de acordo que atenda aos pleitos da categoria. Um resultado desfavorável poderá levar os policiais federais à manifestações nacionais, com pedido de apoio à população , bem como estabelecerá um ambiente de descontentamento tão grande que poderá comprometer a segurança dos Jogos Olímpicos. Analistas da PF também preveem uma onda de revolta da categoria em relação ao PT, o que poderá repercutir até nas investigações de corrupção envolvendo lideranças do partido.
Uma luta interna do órgão também está em jogo. Os Agentes Federais buscam evitar que os delegados sejam privilegiados com aumento diferenciado, pois já detém patamar muito superior, em detrimento dos demais. A Fenapef tem feito chegar aos ouvidos do Ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que já são mais de seis anos de negociação e privilegiar os delegados agora seria indicativo de que o governo sofre da Síndrome de Estocolmo – simpatia por quem lhe impõe vexação pública.
Luis Antônio Boudens tem lembrado aos seus interlocutores que entidades que representam a minoria de delegados são as únicas na PF que se dispõem a atacar diretamente o Governo Federal, usando como intimidação a Lava Jato e a opinião pública. Ao ministro Aragão, Boudens lembrou o episódio do delegado federal e deputado federal Fernando Francischini, que comentou ter colocado “o governo de joelhos" com a aprovação da medida provisória 657/2104, que deu aos delegados prerrogativas que tornaram a PF um órgão segregado e com grande evasão de servidores.
Mais informações: http://www. fenapef.org.br/fenapef- mobiliza-os-27-sindicatos- para-as-negociacoes-salariais- com-o-governo/
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