- Em junho de 2016, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou que o número de pessoas deslocadas por motivos de conflitos e perseguições em todo o mundo passava dos 65 milhões.
- Uma em cada 113 pessoas no mundo estaria nessa situação, o que configuraria a maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial.
- No topo de países de onde mais saíram refugiados está a Síria, que neste 11 de março vê sua guerra civil completar seis anos.
- Ao todo, 4,8 milhões de sírios deixaram o país desde o início dos conflitos.
- Em Recortes da Diáspora Síria, publicado agora pelas Edições Dummar, a jornalista cearense Isabel Rocha Filgueiras mergulha no drama dos refugiados em busca de explicações para o que está acontecendo naquele país. Partindo de uma cuidadosa preparação - que incluiu estudos sobre direitos humanos, história do Oriente Médio moderno e jornalismo de guerra - a autora saiu à procura de figuras incógnitas que ilustrassem as chagas dessa crise migratória.
- “A falta de informação sobre a guerra na Síria em português me incomodava muito. Em 2013, eu já via que isso seria uma bola de neve e que vinha um problema grave de segurança regional e imigração por aí. E ninguém no Brasil discutia isso naquele momento. Entendi que eu deveria contar essas histórias e explicar o que estava acontecendo. Queria preencher uma lacuna”, diz a autora em entrevista sobre o livro.
- Recortes da Diáspora Síria é o resultado de uma investigação que durou três anos e levou a jornalista por cidades da Ásia, Europa e América do Sul em um trajeto de vinte e dois mil quilômetros. Indo além da proposta de esclarecer para o leitor o histórico e o contexto da crise, Isabel destrincha a jornada dos sírios que escolheram deixar seu país. Como um diário pessoal, narra seus encontros com esses personagens, em diálogos que são um misto de dor e esperança.
- Os depoimentos que coletou, ao lado de sua apuração enquanto repórter investigativa, ajudam a desenhar o panorama de uma região em constante ebulição.
- Pelas páginas deste livro reportagem desfilam personagens anônimos e velhos conhecidos: aos 13 anos, o jovem BaderAl-Din, que sonha em ser presidente da Síria quando crescer, divide espaço com Bashar al-Assad, real dirigente do país desde 2000 e filho do homem que comandou a nação por três décadas.
- “Acredito que o que mais me impressiona seja a inabilidade do mundo em lidar com a situação:um conflito que já dura sete anos e pode perdurar por muito mais tempo, a exemplo do que ocorreu no Líbano na década de 1980. Ninguém sabe ao certo o que fazer. E agora? Vão pra onde? Essas pessoas vão morrer porque nasceram no lugar errado do globo? Também me preocupa a falta de informação das pessoas sobre direitos e deveres. Aqui no Brasil ninguém entende que nós assinamos um acordo que nos compromete a ajudar. Na Síria, eles não sabem que podem pedir asilo ou refúgio nem como fazer isso. Ninguém conhece os trâmites. Se houvesse hoje uma guerra no Brasil, as pessoas também não saberiam o que fazer”, sentencia Isabel.
- Além da reportagem, a edição também traz um capítulo de fotografias feitas pela jornalista durante suas viagens.
- Sobre a autora
- Isabel Rocha Filgueiras é jornalista graduada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e transformou seu interesse por política internacional na pesquisa Com Lenço, Sem Documento: Recortes da Diáspora Síria em Três Continentes, que venceu o Prêmio Gandhi na categoria de melhor trabalho de conclusão de curso.
- A investigação foi adaptada e agora chega aos leitores nesta edição revisada.
- Como repórter, Isabel colaborou com grandes veículos nacionais e internacionais, como Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, BBC World News, BBC Brasil, Eder Content e Crickey News.
- Atualmente é repórter do núcleo de Conjuntura do jornal O Povo, de Fortaleza.
- Lançamento
- Com bate-papo entre a autora e a professora de Direito dos Refugiados da Universidade Federal do Ceará (UFC) Theresa Rachel Couto. Mediação do jornalista Plínio Bortolotti
- Quando: 23 de março, às 19 horas
- Onde: Espaço O Povo de Cultura & Arte (Avenida Aguanambi, 282 – José Bonifácio)
- Entrada gratuita
- Serviço
- Recortes da Diáspora Síria, de Isabel Rocha Filgueiras
- 104 páginas
- Preço: R$ 45,00
- Editora Dummar
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (17/7), a Operação Swindle (Fraude, em inglês), com objetivo de desarticular grupo que realizava clonagens de números telefônicos para aplicar golpes via Aplicativo de Trocas de Mensagens. Policiais Federais cumprem cinco Mandados de Busca e Apreensão e dois Mandados de Prisão Preventiva no Maranhão e Mato Grosso do Sul expedidos pela Justiça Federal, em Brasília. O grupo abria contas bancárias falsas e utilizava contas "emprestadas” por partícipes para receber valores provenientes das fraudes aplicadas em razão do desvio dos terminais telefônicos, em que os agentes criminosos se “apossavam” das contas de WhatsApp de autoridades públicas e, fazendo-se passar por estas, solicitavam transferências bancárias das pessoas constantes de suas listas de contato. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa, previstos nos artigos 154-A, parágrafo
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