"O corpo do piloto Daniel Maia, de 38 anos, será sepultado no final da manhã de hoje, no cemitério Parque da Paz. Ele morreu durante a última etapa da Fórmula V 1.8 Master, ontem, no autódromo Virgílio Távora, no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. O piloto sobrou numa curva e bateu numa mureta de proteção. Foi ainda levado para o Hospital de Messejana, mas não resistiu à gravidade do politraumatismo craniano que sofreu. O piloto Stênio Pimentel, que vinha na frente de Daniel Maia, conta como aconteceu o acidente fatal: "Ele entrou aloprando na curva Dirce em alta velocidade. Estava em segundo lugar e queria muito vencer. Vi pelo retrovisor que ele perdeu o controle do carro e entrou pela zebra (linhas brancas laterais na pista) e pelas britas de proteção e acabou morrendo". Stênio Pimentel, que liderava a prova e o certame, reclama das condições da pista do autódromo: "São apenas três quilômetros com várias áreas críticas. Tem este muro no meio da pista na entrada dos boxes onde acabou acontecendo o acidente de Daniel. Agora não será possível que não tomem providências". O presidente em exercício da Federação Cearense de Automobilismo, Francisco Gentil Jereissati, diz que o autódromo está em boas condições e a acidente do piloto "foi uma fatalidade". O Virgílio Távora possui homologação da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e segue os padrões da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), destaca Jereissati. Daniel Maia corria há dois anos e estava casado há dois meses. Corria com o carro 20 e estava em terceiro lugar na classificação geral da Fórmula V com 40.5 pontos. O autódromo após o acidente foi interditado para pericia da CBA. Há suspeita de problemas na suspensão ou na roda traseira do carro de Daniel. O projetista do carro, Pedro Virgínio diz que "a célula de sobrevivência do carro é totalmente reforçada. Após a batida, não havia nada comprometido na estrutura e nem o capacete estava danificado". Virgínio acredita que "a desaceleração brusca foi fatal, já que ele vinha a 100 quilômetros por hora". Este foi o terceiro acidente grave no Virgílio Távora. Em 1979 o piloto pernambucano Tomas Komber morreu. No ano seguinte Haroldo Peixoto se acidentou gravemente, mas resistiu aos ferimentos.
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