CARMEN POMPEU - Agência Estado
Em um discurso de 60 páginas, o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), citou, no final, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) como "uma extraordinária mulher que tem como grande responsabilidade suceder o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva". Aos jornalistas, ele disse que espera de Dilma mais investimentos no Nordeste do que os feitos nos primeiros quatro anos do presidente Lula.
O governador também citou o irmão, o deputado federal Ciro Gomes, chamando-o de "meu exemplo como líder político e grande homem público". E agradeceu o presidente Lula por ter começado obras importantes para o Ceará, como a transposição do rio São Francisco, a ferrovia transnordestina e a refinaria Premium 2, cuja pedra fundamental foi lançada semana passada.
Cid tomou posse pela manhã na Assembleia Legislativa do Ceará. No plenário, 400 convidados. Foi uma cerimônia rápida porque o governador precisava viajar para Brasília, onde acompanhará a solenidade de posse da presidente Dilma.
O governador reeleito do Ceará mencionou as obras que estão sendo feitas e que deverão ficar prontas nos próximos quatro anos: o Centro de Eventos e o Aquário. Cid mencionou como pontos negativos de sua primeira gestão os altos índices de homicídios dolosos no Estado. E disse que vai trabalhar para reverter essa situação.
Durante entrevista coletiva após a posse, Cid comentou que pretende conversar com outros governadores do Nordeste com o objetivo de traçar um plano estruturante para a região. "Tenho a esperança de que os primeiros quatro anos da Dilma sejam de muito mais investimentos no Nordeste do que os primeiros quatro anos do Lula", disse. "A presidente Dilma tem demonstrado muita gratidão com o Nordeste. Um olhar muito especial. Estou entusiasmado com isso", comentou.
Segundo Cid, é possível criar um Programa Estruturante para o Nordeste de R$ 20 bilhões, com obras de interesse comum entre os Estados da região. Isso seria feito integrando instituições de fomento como o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Mundial.
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