Ciro Gomes disse para este blog que até agora nenhum dos presidenciáveis apresentou um projeto estratégico para o Brasil. "Havia uma intuição do Lula que se a gente quisesse expandir o poder de compra do salário e a expandir a proporção do crédito no PIB brasileiro, ou seja, pelo incremento do consumo nós iriamos crescer. Conseguimos. Mediocremente, mas conseguimos uma média ai de três por cento, dois e meio por cento que é ridículo para um país como o Brasil que ganhava produtividade de três por cento ao ano, desempregando pessoas, trocando por máquinas, robôs. Agora não tem mais como expandir pelo menos na mesma aceleração do salário mínimo, o crédito já chegou num nível de exaustão, o nível de endividamento das famílias já passou da conta. E a um estoque de crédito imenso para o empresariado, especialmente na Construção Civil. Este estoque está ocioso, porque saturou. E agora nós só iremos crescer se invertemos a lógica e finalmente nos reconciliarmos com aquelas premissas que implicaram por exemplo no desenvolvimento da China. Que é elevar a taxa de investimento."
Ciro afirmou que "no lugar no consumo é o investimento que vai crescer o País. São coisas claras. O Brasil está expandindo loucamente a importação de derivados de petróleo. E exportando petróleo. O Brasil está expandindo loucamente a importação de aços especiais e exporta minério de ferro. Com essa conta nós não vamos fechar. A gente paga eletroeletrônico, paga química fina, a gente paga com valor muito maior que as matérias primas sem valor agregado aqui. Isso é uma coisa que as instituições políticas resolvem ou não resolvem".
Para Ciro "o intrincado é que para resolver você tem que por em debate. Para estabelecer consensos. Ai a situação não tem ideias e vive fazendo da mão para boca o que pode fazer, ainda com o atenuante que é situação. E a oposição nada diz. Não oferece uma ideia sequer para contrastar".
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