Cerca de 400 trabalhadores Sem Terra ocuparam nesta terça-feira (23/07) a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Ceará. O protesto é para denunciar o que ocorreu no último mês de junho quando o Incra Nacional, através de um memorando às superintendências, suspendeu todas as operações de liberação do Crédito Instalação, que incluem apoio Inicial, construção de casas, cisternas, fomento à produção, reformas e adicional de fomento. Famílias que já estavam com suas casas em construção ou em reforma agora estão com tudo parado.
O MST cobra do Governo Dilma a devolução imediata dos recursos para que as famílias assentadas deem continuidade na realização dos seus trabalhos. Para Paulo Magalhães, da direção do MST no Ceará, “o que está ocorrendo é uma falta de respeito da Presidenta Dilma com o povo do campo”.
Segundo o coordenador do movimento, mais famílias estão chegando para se juntar as que já estão no Incra e a expectativa é que até o 25 de julho (data em que se comemora o dia do trabalhador rural) o número chegue a mais mil pessoas.A ocupação é por tempo indeterminado, e além de ocupar as dependências do prédio, os trabalhadores também fecharam a avenida José Bastos.
Encontro Estadual de Jovens
Além da mobilização na sede do Incra, o MST realiza o XII encontro estadual de jovens do campo, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). 400 jovens de áreas de assentamentos e acampamentos ficarão na UFC no campus do Picí em Fortaleza durante os dias 23 a 27.
Nas manhãs, ocorrem estudos sobre diversos temas, como conjuntura agrária e desafios e perspectivas da juventude. As tardes serão recheadas de oficinas, pintura de painéis, radio comunitária, estêncio, corte e costura, entre outras.
Nas noites, serão realizadas atividades culturais com apresentação de poesias, quadrilhas juninas dos assentamentos e forró pé de serra. Estão previstas também apresentações de teatro e de bandas de rock.
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