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2 dezembro, 2013
Audiência pública na Câmara Municipal de Fortaleza, realizada nesta segunda-feira, 2, enfatizou os problemas enfrentados pelas agremiações carnavalescas da Capital, principalmente com a demora no repasses dos recursos de incentivo. O debate, proposto pelo vereador Iraguassú Teixeira (PDT), destacou a importância do carnaval de rua para a cultura local e a necessidade de apoio do poder público na realização dos eventos.
O momento, como frisou Iraguassú Teixeira, proporcionou uma maior diálogo entre as entidades do carnaval de Fortaleza e representantes da gestão. O parlamentar apontou os custos que as agremiações tem para colocar os blocos nas ruas, dificuldade que seria solucionada com o repasse dos recursos antes do carnaval. “Sabemos que os recursos são poucos e a liberação na semana do carnaval dificulta a compra de materiais e aluguel de equipamentos. Nós queremos que um carnaval de qualidade seja garantido à população e as agremiações”, colocou.
Arnud Silvério, presidente da Associação Cultural das Entidades Carnavalescas do Ceará, chamou a atenção para a situação das agremiações na Capital, que continuam com o seu trabalho contando com voluntários e a reciclagem das fantasias dos carnavais passados. Arnud Silvério questionou a falta de incentivo do poder público na difusão do carnaval de rua, cobrando a disponibilização de ônibus para a população que vai aos desfiles, citando como exemplo os eventos como Fortal e Réveillon. “As parcerias são importantes para que possamos dignificar o nome do carnaval de Fortaleza”, reafirmou o presidente da Associação, destacando ainda a participação da iniciativa privada.
O coordenador de Patrimônio Histórico Cultural do Município, Alênio Carlos Noronha, a gestão municipal tem uma visão de fortalecer o carnaval da Capital. O gestor apresentou as ações que a Prefeitura vem implementando na organização do evento. “A tradição nasce e deve ser incentivada pelo governo”, apontou. Segundo o coordenador, um dos objetivos é a democratização dos recursos e para que isso aconteça a gestão realiza um cadastramento das agremiações.
Outro ponto é o edital de incentivo às agremiações , que já foi lançado e debatido em Fórum com representantes do carnaval. No sentido de democratizar a cultura, de acordo com Alênio Carlos, foi pensado um Ciclo Carnavalesco, que promove apresentações nos bairros de origem dos blocos, além de proporcionar espaços para os ensaios. “O carnaval que a gestão está organizando não é um carnaval do Centro e da Beira Mar. Espero que seja dado um voto de confiança na construção de um carnaval para Fortaleza”, pontuou.
O debate contou com a participação do assessor de Planejamento, Inácio Carvalho, representando o secretário de Cultura, Magela Lima, que reafirmou a postura do Município na valorização do patrimônio cultural e ampliação do acesso à cultura na cidade. Segundo ele, a gestão trabalha para acabar com o beneficiamento determinados grupos, e que é importante pensar no fomento e na manutenção da tradição fortalezense.
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