A presidente Dilma Rousseff vai fatiar em duas etapas a reforma ministerial antes prevista no seu todo para o final de janeiro. O motivo é a reação do PMDB que quer mais um ministério, o da Integração Nacional. A informação foi dada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, nesta tarde de hoje, em Fortaleza, quando encerrou um encontro com petistas cearenses, na Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece).
Rui primeiro amenizou a reação do PMDB: "É natural que os partidos queiram ou garantir seus espaços ou ampliá-lo. Isso vale para o PMDB. Vale para o PT". Em seguida Rui deu dicas como a questão será resolvida. "Nós temos uma maneira diferente de nos apresentar". O presidente do PT disse que "não acredito que isso siga para o rompimento com o PMDB".
Rui Falcão destacou "o PMDB pelo que tenho visto pretende ampliar o seu espaço. É uma reivindicação legítima que tem que ser contraposta também às reivindicações de outros partidos que integram a coalizão. Acho que ao final, quando a reforma for definida, as coisas se aquietam".
Rui Falcão informou que como Dilma vai fazer uma série de viagens internacionais agora a reforma será dividida em duas. "Ela vai para Davos, para Genebra, para Cuba e vai na reunião do Mercosul. Então concluídas essas viagens ela vai apresentar uma reforma mais ampla, embora ela possa fazer em duas etapas". Rui Falcão na conversa com os petistas cearenses traçou um quadro nacional difícil em termos de formação de palanques únicos para Dilma nos Estados. "Estamos priorizando manter os quatro governadores que já temos no Distrito Federal e Rio Grande do Sul, que vão para reeleição e fazer o sucessor no Acre e na Bahia. Mas queremos também fazer governador em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul com o senador Delcídio do Amaral, que é ultra favorito, mas encontra uma pequena dificuldade com a questão de apoiar um candidato a senador do PSB", destacou.
A questão do Rio foi lembrada por Rui Falcão como delicada. "Resisti até quando pude de candidatura própria de Lindberg Farias. Mas lá há pressões terríveis e justificadas. Ponderei contra o esquerdismo, pois isso pode conspirar para uma sabotagem a nossa candidatura. Porque o Garotinho não é uma candidatura desprezível. O Crivella apoia a Dilma. O PMDB apesar de todo esse auê que faz, mas apoia a Dilma".
Presença no encontro da Fetraece com acalorado debate sobre 2014, José Nobre Guimarães, Luizianne Lins (foto(, Eudes Xavier, De Assis Diniz, Elmano de Freitas, Waldemir Catanho, Antônio Carlos, Joaquim Cartaxo e dezenas de petistas.
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