O Ceará foi abalado neste mês de abril por dois terremotos. A probabilidade de acontecer novos tremores são está descartada. Nesta sexta-feira (11) em entrevista à Rádio FM Assembleia, o gerente do Núcleo de Sismologia da Defesa Civil do Ceará, Francisco Brandão, alertou que o tremor de Jaguaribe, que aconteceu no início da semana de 2.8 graus se deveu a menos da metade da capacidade de armazenamento do açude Castanhão. A barragem foi construída numa área de plantas tetônicas e o baixo volume de armazenamento atual do Castanhão ativou a falha geológica na região e com registramos na última segunda-feira este abalo de dois ponto oito entre Jaguaribe, Jaguaribara, Iracema, mas com epicentro no Castanhão", informou Brandão.
Na semana passada um abalo de 2.5 graus foi sentido pela população de Paramoti, a 97 quilômetros de Fortaleza. Nenhum dos dois tremores provocaram danos humanos, somente materiais. "Mas temos que estar atentos que vivemos numa área propicia a tremores. E eles acontecem diariamente principalmente nas regiões Norte e Leste do Ceará. Já tivemos aqui o maior terremoto do Nordeste brasileiro, em vinte de novembro de mil novecentos e oitenta com cinco ponto dois graus em Pacajus", alerta Brandão.
A atividade sísmica no Ceará remota a 1807, quando foi anotado o primeiro tremor de terra em Pereiro. Hoje são mais de 40 cidades cearenses que já registraram terremotos. Fortaleza já foi abalada por duas vezes. Uma em 1919 com o terremoto que teve como epicentro Maranguape, na Região Metropolitana, com 4.8 graus e com o terremoto de Pacajus em 1980 com 5.2 graus.
Desde 2008 se desenvolve uma série histórica de abalos sísmicos na Zona Norte do Estado. São tremores de pequena monta em Sobral, Meruoca e Alcântaras. Em cinco anos já foram anotadas mais de 4 mil abalos, sendo o maior de 4.3 graus.
Segundo Brandão, o Ceará em cima de placas tetônicas, "diferente do Japão e do Chile que estão nas bordas dessas placas e por isso lá os terremotos são de maior gravidade", destaca.
Comentários
Postar um comentário