Hoje, quando a Tocha Olímpica chega ao Ceará, por Aracati, ela passa pelas mãos de mais um brasileiro que conta uma história de superação por meio do esporte. Elione de Sousa, o terceiro melhor paratleta na categoria PT2 do Triathlon, terá a honra de conduzir o símbolo olímpico. Se para muitos este já é um encontro carregado de emoção, para Elione terá um significado ainda maior, já que foi no esporte que ele teve a oportunidade de reconstruir a vida após um grave acidente.
O ano era 2010. Uma mistura errada de bebida e direção fez com que o jovem Elione sofresse um acidente de moto. O acidente que levou à amputação da perna ainda o manteve por dois meses internado na unidade hospitalar e mais três meses em cama devido à bacia fraturada.
Passar por esses momentos o fizeram questionar: "Se ainda estou vivo, agora preciso saber o que devo fazer". O processo de fortalecimento dos músculos parados há cinco meses fez com que ele tivesse contato com o paradesporto.
SUPERAÇÃO
A primeira ligação foi com a natação. "Quando comecei eu não nadava nem 12 metros. Me dava um medo um frio na barriga, mas enfrentei. Foram dois meses de treino e comecei a me inscrever em competições. Ganhei todas", afirma.
As primeiras medalhas deram força para que Elione fosse ainda mais longe e começasse as maratonas aquáticas. Daí, veio o início com as corridas. Se antes do acidente, Elione não conseguia correr por 1 km, com as muletas, chegava a correr 5 km.
O avanço para o paratriathlon veio com o apoio do técnico, quando a modalidade ainda estava iniciando no Ceará. Foram poucos anos, mas com muito treino, para que atingisse a possibilidade de participar de uma Paralimpíada. Como parte do treino, Elione pratica corrida, com percurso de 21km semanais, ciclismo, com 80km semanais e natação, com média de 36km semanais.
NOVA PRÓTESE
No final de 2015, Elione recebeu uma nova prótese, com design profissional para a prática de corrida. A nova "perna" veio a partir de um patrocínio do Hapvida, que também assumiu apoio ao atleta nas viagens em 2016 para a busca da vaga para a Paralimpíada do Rio de Janeiro, em setembro deste ano.
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