Seminário sobre Tuberculose que acontece no auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde abriu hoje à tarde, a semana de atividades pelo Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, 24 de março, sexta-feira. O seminário é destinado aos profissionais da atenção primária à saúde de Fortaleza e terá como palestrantes o representante do Ministério da Saúde Stefano Codenotti, a supervisora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEP) da Secretaria da Saúde do Ceará e coordenadora estadual do Programa de Tuberculose, Sheila Santiago, e a coordenadora do Programa de Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, Rainne Martins. Durante toda a semana, haverá busca ativa de sintomáticos respiratórios, com palestras sobre tuberculose nas salas de espera das unidades básicas de saúde dos municípios cearenses.
Amanhã, as equipes dos programas de tuberculose das secretarias de saúde do Estado e de Fortaleza realizam mobilização e ministram palestra sobre a doença, a partir das 8 horas, no Vapt-Vupt de Antônio Bezerra. No mesmo dia, às 14 horas, Sheila Santiago ministra a webpalestra “Tuberculose, um problema de saúde pública”, dirigida aos profissionais de saúde dos 184 municípios do Estado. Para participar, basta acessar o link http://webconf2.rnp.br/rutehuwcufc. Na sexta-feira, 24, mobilização e palestra ocorrem no Vapt-Vupt de Messejana, a partir das 8 horas. A partir das 9 horas, no auditório do Conselho Estadual de Saúde, acontece a posse dos membros do Comitê Estadual de Controle da Tuberculose, seguida do seminário “Tuberculose, fazendo a informação circular”.
O Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose foi lançado em 1982 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra TB e Doenças Pulmonares (International Union Agaist TB and Lung Disease - IUATLD). A data lembrou os 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, por Robert Koch. Em 2017, o Dia Mundial da Tuberculose, sob o tema global de "Unidos para acabar com a tuberculose", é um importante marco no caminho para a Conferência Ministerial Mundial sobre a doença, a ser realizada em Moscou, em novembro deste ano.
Nos últimos anos o Brasil vêm ampliando os esforços para o controle da tuberculose, que continua sendo um importante e grave problema de saúde pública, essencialmente em função do aparecimento da Aids, do aumento do processo migratório e da pobreza. Os índices da doença, que diminuíam gradativamente na década de 1980, voltaram a crescer nos anos 1990, associados ao também risco de aparecimento de bacilos resistentes, exigindo dos governos ação firme e articulada para o seu controle, com a adoção da estratégia de tratamento como forma de aumentar a detecção de casos, de assegurar a cura de todos os doentes, de reduzir o abandono do tratamento e evitar o aumento da chamada resistência medicamentosa, risco que tem aumentado em todo o mundo.
Meta da OMS
A tuberculose é um sério problema da saúde pública no país, com profundas raízes sociais. Em 2016 foram diagnosticados e registrados 66.796 casos novos de tuberculose no Brasil e, ainda, 4.543 óbitos pela doença. No Ceará foram registrados 3.341 casos novos e 151 óbitos. Em maio de 2014, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou uma estratégia ambiciosa que cobre um período de 20 anos (2016-2035) para acabar com a epidemia global da tuberculose. A estratégia da OMS prevê um mundo sem tuberculose. As metas da estratégia estão definidas e várias medidas a serem adotadas pelos governos são esboçadas para oferecer o cuidado centrado no paciente, implementar políticas e sistemas que permitam a prestação de cuidados e a prevenção da doença. A tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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